Ferramentas digitais

Considerações para utilização no e‑learning

José de Oliveira Júnior[1]

Resumo:

Este breve arti­go se apoia na lit­er­atu­ra disponív­el para ques­tionar a seleção de platafor­mas ou fer­ra­men­tas de colab­o­ração em ambi­entes vir­tu­ais de apren­diza­gem, com a intenção de facil­i­tar seu uso pelos pro­du­tores de con­teú­do edu­ca­cional. Ini­cian­do pela importân­cia do con­ceito de colab­o­ração e com­par­til­hamen­to no ambi­ente tec­nológi­co, em espe­cial na inter­net con­tem­porânea, apre­sen­ta pro­postas vigentes para uma tax­ono­mia de fer­ra­men­tas colab­o­ra­ti­vas disponíveis e suas pos­si­bil­i­dades de inserção em ambi­entes vir­tu­ais de apren­diza­gem, enfa­ti­zan­do a colab­o­ração como práti­ca intrínse­ca ao próprio ambi­ente da WEB. 

Palavras-chave: e‑learning, edu­cação à dis­tân­cia, platafor­ma colab­o­ra­ti­va, fer­ra­men­tas colab­o­ra­ti­vas, tec­nolo­gia educacional.

Abstract:

 This brief arti­cle draws on the avail­able lit­er­a­ture to ques­tion the selec­tion of col­lab­o­ra­tive plat­forms or tools in vir­tu­al learn­ing envi­ron­ments, with the inten­tion of facil­i­tat­ing their use by pro­duc­ers of edu­ca­tion­al con­tent. Start­ing from the impor­tance of the con­cept of col­lab­o­ra­tion and shar­ing in the tech­no­log­i­cal envi­ron­ment, espe­cial­ly in the con­tem­po­rary Inter­net, it presents cur­rent pro­pos­als for a tax­on­o­my of avail­able col­lab­o­ra­tive tools and their pos­si­bil­i­ties of inser­tion in vir­tu­al learn­ing envi­ron­ments, empha­siz­ing col­lab­o­ra­tion as a prac­tice intrin­sic to the WEB envi­ron­ment itself.

1 Intro­dução

O con­ceito de colab­o­ração é extra­or­di­nar­i­a­mente amp­lo quan­do usa­do para des­ig­nar seu uso em fer­ra­men­tas com­puta­cionais mod­er­nas, e tornou-se prati­ca­mente um lugar comum para ref­er­en­ciar avanços tec­nológi­cos nas platafor­mas de soft­ware aplica­ti­vo mais com­er­cial­izadas para empre­sas. Como ati­tude humana, colab­o­rar des­igna um val­or moral bem aceito pela sociedade, deven­do ser esten­di­do e enten­di­do como tudo aqui­lo que per­mite ou aux­il­ia a exe­cução do tra­bal­ho por mais de uma pes­soa, em con­jun­to ou através de ações comuns ou com­par­til­hadas, poden­do ser asso­ci­a­do a out­ros val­ores, como a sol­i­dariedade (Patrus, 2013).

Podemos facil­mente ver­i­ficar que, ape­sar do número ver­tig­i­noso de difer­entes apli­cações, de pro­du­tos que beiram a genial­i­dade e que apare­cem quase que de repente, a par­tir da ini­cia­ti­va de pequenos desen­volve­dores de soft­wares aplica­tivos, o grosso do mer­ca­do e do fat­u­ra­men­to sobre o que é chama­do de “soluções de colab­o­ração” dirige-se ao GAFAM, sigla que iden­ti­fi­ca as empre­sas Google, Ama­zon, Face­book, Apple e Microsoft, den­tre os quais a lid­er­ança para esta área de pro­du­tos vem se man­ten­do com a primeira da lista (Gas­par, 2019).

Claro que a diver­si­dade de pro­du­tos e obje­tivos demon­stra­da pela listagem de pro­du­tos ofer­e­ci­dos no mer­ca­do de soft­ware não impe­dem a adoção de tipolo­gia de fer­ra­men­tas. Con­tu­do, para os propósi­tos desse arti­go opta­mos por faz­er isso já bus­can­do, na área da edu­cação, o con­ceito, fun­da­men­to e fer­ra­men­tas de uma apren­diza­gem colaborativa.

2.1 Colab­o­ração nos AVA – Ambi­entes Vir­tu­ais de Aprendizagem

Em um estu­do sobre as comu­nidades de apren­diza­gem Nunes enfa­ti­za o papel da colab­o­ração no proces­so, e afir­ma que “a colab­o­ração é defen­di­da como uma das prin­ci­pais car­ac­terís­ti­cas das comu­nidades [de apren­diza­gem] levan­do os alunos a bus­car níveis de pro­fun­di­dade de con­hec­i­men­to além dos esta­b­ele­ci­dos pelo pro­je­to do cur­so, por levar a um proces­so com­par­til­ha­do de con­strução” Nunes (2012, p. 47).

É prati­ca­mente unân­ime a con­statação de que a colab­o­ração, tan­to mais facil­i­ta­da, con­tribui de for­ma indisc­u­tivel­mente pos­i­ti­va na relação de ensi­no-apren­diza­gem, inclu­sive (e talvez até mais enfati­ca­mente) quan­do se dá de for­ma hor­i­zon­tal­iza­da, per­mitin­do a fluên­cia da infor­mação entre os alunos. Emb­o­ra a afir­ma­ti­va pos­sa ser gen­er­al­iza­da para out­ros tipos de relação de ensi­no, o ambi­ente vir­tu­al prop­i­cia condições mel­hores para a apli­cação de soft­wares colab­o­ra­tivos, imple­men­tan­do o que chamamos aqui de fer­ra­men­tas colaborativas.

Por isso os AVA – Ambi­entes Vir­tu­ais de Apren­diza­gem podem fun­cionar com um espaço próprio, um lócus para encap­su­lar diver­sas fer­ra­men­tas colab­o­ra­ti­vas guiadas pelo pro­je­to pedagógi­co. Noutros ter­mos, “os AVAs unifi­cam fun­cional­i­dades de apren­diza­gem des­ig­nada­mente de comu­ni­cação, par­til­ha de con­teú­do mul­ti­mí­dia, de alo­ja­men­to online de pro­je­tos e tra­bal­hos, fer­ra­men­tas de apren­diza­gem colab­o­ra­ti­vas, aces­so ime­di­a­to a web­sites, fer­ra­men­tas de con­tro­lo do aces­so e reg­is­to de uti­lizadores, assim como gestão de gru­pos de tra­bal­ho” (Alves et al. 2014, p. 2).

Sis­temas dig­i­tais avança­dos de ensi­no-apren­diza­gem, por­tan­to, encer­rarão em seu con­teú­do diver­sas fer­ra­men­tas colab­o­ra­ti­vas, que fun­cionam esplen­di­da­mente para poten­cializar a apren­diza­gem, mas cujo plano e mane­jo dev­erão se sub­or­di­nar aos obje­tivos edu­ca­cionais pretendidos.

Assim, a lista enorme de fer­ra­men­tas ini­cial­mente apre­sen­ta­da sinal­iza a existên­cia de um amp­lo repertório de recur­sos do qual se pode lançar mão para propósi­tos edu­ca­cionais no mun­do vir­tu­al. Na mes­ma pesquisa já men­ciona­da, uma revisão sis­temáti­ca de fer­ra­men­tas foi real­iza­da, tor­na­do “pos­sív­el lev­an­tar quais as fer­ra­men­tas que estão sendo mais uti­lizadas em AVAs (Alves, Kuntz, Gon­za­lez, Ulbricht, & Mace­do, 2014, p. 7)).

Este tipo de ini­cia­ti­va per­mite colo­car algu­ma ordem na con­fusão, como ver­e­mos a seguir, usan­do fer­ra­men­tas colab­o­ra­ti­vas como pas­so adi­ante na proposição do AVA, para alcançar resul­ta­dos mais efe­tivos na apren­diza­gem colab­o­ra­ti­va, como propões San­tos e Lencas­tre: “Ape­sar de a uti­liza­ção de platafor­mas como o Moo­dle estar  ain­da  muito  cir­cun­scri­ta  ao  fun­ciona­men­to como repositório  de  mate­ri­ais  a  dis­tribuir  aos  alunos,  e  de  as próprias  TIC,  quan­do  estão  pre­sentes  na  sala  de  aula, serem uti­lizadas fre­quente­mente de for­ma não inter­a­ti­va, é   pos­sív­el   pro­por   recon­fig­u­rações   do   espaço-aula alter­na­ti­vas  que  pro­curem  ir  mais  além,  e  daí  procu­rar gan­hos   em   matéria   pedagóg­i­ca,   nomeada­mente   na pro­moção do tra­bal­ho colab­o­ra­ti­vo. (San­tos & Lencas­tre, 2017, p. 6)”.

2.2 Uma tax­ono­mia para ambi­entes de colaboração

Antes de entrar no aspec­to das fer­ra­men­tas de colab­o­ração, é útil em ten­der a neces­si­dade de uma pro­pos­ta de tax­ono­mia mais ampla, das tec­nolo­gias dig­i­tais usadas na edu­cação. Diver­sos autores têm se debruça­do sob este prob­le­ma, a par­tir da con­statação de que a quan­ti­dade de soluções dig­i­tais encon­tráveis no mer­ca­do tende a um número impos­sív­el de ser acom­pan­hado caso a caso.

Rodrigues (2015) recorre a Man­ning e John­son e resumem a pro­pos­ta dess­es autores na definição de uma tipolo­gia de fer­ra­men­tas, bas­tante útil para diver­sos estu­dos na área da edu­cação, em espe­cial rel­a­tivos à avali­ação de maturi­dade das tec­nolo­gias e, ao cabo, mod­e­los decisórios para a seleção de fer­ra­men­tas sob dis­tin­tos quadros teóri­cos de elab­o­ração de con­teú­do dig­i­tal edu­ca­cional, como por exem­p­lo no mod­e­lo ADDIE, entre out­ros. No âmbito deste arti­go, cumpre-nos ape­nas enfa­ti­zar a importân­cia dessa lin­ha de pesquisa, que, con­tu­do, vai bem além das fer­ra­men­tas de colaboração.

Tipologia Rodrigues 2015p112
Pro­pos­ta Man­ning e John­son de Tipolo­gia de Fer­ra­men­tas Edu­ca­cionais Dig­i­tais (Rodrigues, 2015, p. 112)

Como vimos, pro­por tipolo­gias de dis­tin­tas fer­ra­men­tas dig­i­tais para tare­fas colab­o­ra­ti­vas, pode ser bas­tante útil para facil­i­tar a tare­fa de curado­ria de fer­ra­men­tas dig­i­tais de apoio ao ensi­no-apren­diza­gem. Esse foi de cer­ta for­ma o foco de Reinal­do, Renó, & Cos­ta, (2010), a com­parar “pro­du­tos e soluções” e pro­pon­do a seguinte lista de tipos:

  • “Fer­ra­men­tas de Escri­ta Colab­o­ra­ti­va e Tec­nolo­gias: fer­ra­men­tas que per­mitem a diver­sos indi­ví­du­os edi­tar e rev­er doc­u­men­tos, com edição em tem­po real (sín­crono) ou medi­a­da (assín­crono);
  • Fer­ra­men­tas de Com­par­til­hamen­to de Tela e Tec­nolo­gias: tal como o nome indi­ca, tra­ta-se de fer­ra­men­tas que per­mitem par­til­har apli­cações ou con­teú­dos que esta­mos a visu­alizar no nos­so monitor;
  • Fer­ra­men­tas de Quadro Bran­co e Tec­nolo­gias: fer­ra­men­tas que per­mitem a uti­liza­ção de um espaço comum (a equiv­a­lente dig­i­tal dos quadros uti­liza­dos, por exem­p­lo, numa sala de aulas). As uti­liza­ções são as mais vari­adas, per­mitin­do algu­mas a uti­liza­ção para o desen­ho con­jun­to de mod­e­los, ou, sim­ples­mente um espaço com­ple­men­tar inte­gra­do em apli­cações de web con­fer­ence;
  • Fer­ra­men­tas de Apre­sen­tação e Tec­nolo­gias: ref­ere-se aque­las apli­cações que per­mitem ao usuário disponi­bi­lizar con­teú­dos dire­ta­mente para uma pági­na de inter­net, de for­ma dinâmi­ca e até com a inte­gração de out­ras apli­cações na mes­ma apresentação;
  • Fer­ra­men­tas de Men­sagens Instan­tâneas e Tec­nolo­gias: talvez a mais anti­ga fer­ra­men­ta colab­o­ra­ti­va, os instant mes­sag­ing gan­haram novas fun­cional­i­dades, além de vídeo e áudio, como o detec­tor de pre­sença na rede, por exem­p­lo, o skype aware­ness indi­ca­tor nos blogs;
  • Pub­li­cação e Com­par­til­hamen­to de Vídeos On-line para Apren­diza­gem e Colab­o­ração”: [a exem­p­lo do] YouTube e do Google­V­ideo.…” (Reinal­do, Renó, & Cos­ta, 2010, p. 583).

3 Um diál­o­go pos­sív­el: apren­der e colaborar 

“Paulo Freire disse que ninguém edu­ca ninguém, mas ninguém se edu­ca a si mes­mo. O proces­so de edu­cação vem, por­tan­to, da comunhão dos home­ns, medi­a­ti­za­dos pelo mun­do. A tec­nolo­gia tem sua função como parte deste meio, já que pode pro­mover a colab­o­ração e inter­ação entre os home­ns; é, por­tan­to, fun­da­men­tal nos proces­sos pedagógi­cos e edu­ca­cionais (Soffn­er, 2016, p. 160)”.

É pos­sív­el encon­trar um número sig­ni­fica­ti­vo de estu­dos acadêmi­cos que exam­i­nam apli­cações práti­cas de fer­ra­men­tas ditas colab­o­ra­ti­vas, voltadas a um sem-número de apli­cações edu­ca­cionais. É prati­ca­mente unân­ime a noção de que a ampli­ação de práti­cas de comu­ni­cação, colab­o­ração e coop­er­ação for­t­ale­cem os vín­cu­los entre os par­tic­i­pantes dos ambi­entes de apren­diza­gem, estim­u­lan­do uma grande riqueza de tro­ca de infor­mações e vivên­cias e, por­tan­to, resul­ta­dos enrique­ce­dores sob vários aspec­tos de obje­tivos educacionais.

Mas a colab­o­ração pode se tornar bas­tante intu­iti­va, quan­do todos os recur­sos de design são uti­liza­dos, explo­ran­do de for­ma ino­vado­ra as imen­sas pos­si­bil­i­dades do design na WEB, em jogos inter­a­tivos, por exem­p­lo. Assim, ári­das apli­cações em matemáti­ca, desen­ho, na físi­ca, na edu­cação espe­cial – uti­lizan­do tec­nolo­gias assis­ti­vas, e explo­ran­do tam­bém as novas pos­si­bil­i­dades de inter­ação em redes, ampli­am opor­tu­nidades de apren­diza­gem colaborativa.

Mas o aler­ta impor­tante é que a existên­cia das pos­si­bil­i­dades e a facil­i­dade de uso das fer­ra­men­tas não resul­tam em práti­cas de ensi­no e apren­diza­gem real­mente colab­o­ra­ti­vas. Nesse aspec­to, as novas atribuições de pro­fes­sores e design­ers edu­ca­cional alcançam grande relevân­cia. Como afir­mam Ulbricht et ali “Ape­nas o uso de fer­ra­men­tas ditas colab­o­ra­ti­vas não faz com que o mate­r­i­al seja real­mente colab­o­ra­ti­vo. É pre­ciso que se con­fig­urem as situ­ações de inter­ação, colab­o­ração e de apren­diza­do. Neste sen­ti­do, as questões de design e de aces­si­bil­i­dade são fun­da­men­tais ten­do como meta a inclusão de todos. (Ulbricht, Gon­za­lez, Alves, Kuntz, & Mace­do, [s.d.], p. 94)”.

4 Con­sid­er­ações Finais 

“Segun­do os con­stru­tivis­tas o con­hec­i­men­to não é um obje­to adquiri­do e pos­suí­do por indi­ví­du­os. Ele está embu­ti­do nas relações soci­ais e na iden­ti­dade dos apren­dizes, nas con­ver­sações e dis­cur­sos soci­ais. Nesse sen­ti­do, a apren­diza­gem é o resul­ta­do de uma nego­ci­ação social. Quan­do os apren­dizes com­par­til­ham ideias, ques­tion­am entre si out­ras crenças, argu­men­tam sobre o sen­ti­do de algu­ma coisa, eles estão con­stru­in­do o con­hec­i­men­to da comu­nidade, e esta­b­ele­cen­do sua iden­ti­dade. Quan­do pes­soas con­stroem social­mente o pen­sa­men­to, o meio primário do dis­cur­so é um rela­to (Pra­ta, 2000, p. 29).” 

Ten­ta­mos neste arti­go guiar os inter­es­sa­dos por um per­cur­so que ini­ciou na con­statação de que a expressão “colab­o­ração” adje­ti­va uma miríade de fer­ra­men­tas de mer­ca­do de soft­ware, con­sistin­do em um ape­lo de mar­ket­ing que parece ser bas­tante efe­ti­vo, pela quan­ti­dade de pro­du­tos asso­ci­a­dos a ele.

Mas ape­sar do ape­lo do mer­ca­do, de fato, práti­cas colab­o­ra­ti­vas no tra­bal­ho e na apren­diza­gem são tidas, regra ger­al, como capazes de aumen­tar grande­mente a pro­du­tivi­dades e mel­ho­rar os resul­ta­dos. De uma maneira genéri­ca, a própria WEB responde a um son­ho de ampli­ação da inter­ação e colab­o­ração, vis­lum­bra­do por Van­nevar Bush des­de a con­cepção da máquina MEMEX, dos primór­dios da com­putação, e embu­ti­dos na definição hoje tão famil­iar para nós, do pro­to­co­lo de hiper­tex­to HTML.

Para nos guiar por escol­has efe­ti­vas de fer­ra­men­tas pre­cisamos bus­car tipolo­gias dos pro­du­tos exis­tentes. Recu­per­amos então uma pro­pos­ta especí­fi­ca para o ambi­ente de ensi­no-apren­diza­gem, que con­tem­pla cat­e­go­rias dis­tin­tas de uso que aux­il­ia o pro­fes­sor ou edu­ca­cional design­er na inclusão de práti­cas colab­o­ra­ti­vas nos seus pro­je­tos edu­ca­cionais. Em espe­cial, os AVA – Ambi­ente Vir­tu­ais de Apren­diza­gem encer­ram uma plu­ral­i­dade de usos que requerem, estim­u­lam e facili­tam o uso de tec­nolo­gias com ênfase em colaboração.

Des­ta for­ma podemos falar de pro­postas de tax­ono­mia para as fer­ra­men­tas dig­i­tais usadas no e-learn­ing.  Estas pro­postas aux­il­iam não ape­nas a facil­i­tar a escol­ha de pro­du­tos de soft­ware, mas a com­preen­der padrões e métri­c­as de avali­ação de fer­ra­men­tas, aux­il­ian­do no plane­ja­men­to e uti­liza­ção de platafor­mas de ensino-aprendizagem.

 E assim con­cluí­mos um cír­cu­lo vir­tu­oso: colab­o­rar ou com­par­til­har são, mais que práti­cas lab­o­rais ou educa­ti­vas, práti­cas essen­ci­ais à vida humana em sociedade. Repro­duzir tais práti­cas nos meios dig­i­tais, que tomaram con­ta de parcela tão sig­ni­fica­ti­va do nos­so tra­bal­ho e das nos­sas esco­las, é uma escol­ha óbvia para o apri­mora­men­to da edu­cação. Mas que requer, dos profis­sion­ais do ramo, uma cuida­dosa seleção, ou curado­ria, das fer­ra­men­tas exis­tentes e ade­quação das mel­hores práticas.

5 Refer­ên­cias Bibliográficas

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[1] Econ­o­mista. Espe­cial­ista em Ciên­cias Soci­ais (Esta­do e Sociedade no Nordeste do Brasil) e Empreende­doris­mo. Mes­tran­do em Tec­nolo­gias Emer­gentes em Edu­cação pela Must University.

E‑mail josedeoliveira.junior@gmail.com.

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Oliveira Jr.

Economista. Especialista em Ciências Sociais (Estado e Sociedade no Nordeste do Brasil) e Empreendedorismo. Mestre em Tecnologias Emergentes em Educação (Must University, 2022).

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