Cobertura vegetal de Aracaju e Barra dos Coqueiros no website MapBiomas

Na sequên­cia de arti­gos tratan­do da apli­cação dos indi­cadores de desen­volvi­men­to sus­ten­táv­el para municí­pios de Sergipe, vamos ver se o municí­pio de Bar­ra dos Coqueiros pode extrair, dos dados disponi­bi­liza­dos, algu­mas indi­cações de políti­cas públi­cas capazes de levar a cidade a alcançar do desen­volvi­men­to com sustentabilidade.

Como vimos no arti­go ante­ri­or, a fer­ra­men­ta disponív­el no site “Índice do Desen­volvi­men­to Sus­ten­táv­el das Cidades” disponi­bi­liza o chama­do Radar dos ODS, em que os critérios do desen­volvi­men­to são medi­dos a par­tir de estatís­ti­cas disponi­bi­lizadas para todos os municí­pios brasileiros.

O radar dos ODS da figu­ra abaixo cor­re­sponde ao municí­pio da Bar­ra dos Coqueiros, que pos­sui uma clas­si­fi­cação ger­al de 46,01 pon­tos e ocu­pa a clas­si­fi­cação 2.979, entre os 5570 municí­pios para os quais os índices foram cal­cu­la­dos. Como vimos no primeiro arti­go da série, a Bar­ra dos Coqueiros é a quin­ta mel­hor cidade no côm­puto ger­al em Sergipe, lid­er­a­do por Ara­ca­ju com 49,59 pon­tos (a escala vai de 0 a 100, e a mel­hor do Brasil tem ape­nas 65,62 pontos.

Radar dos ODS Barra dos Coqueiros
Radar do ODS para o municí­pio de Bar­ra dos Coqueiros

Comparando cada critério do ODS

Os dois municí­pios têm per­fis pare­ci­dos, mas Ara­ca­ju pon­tu­al ligeira­mente mel­hor nos indi­cadores, sobre­tu­do com um per­centu­al menor de pes­soas abaixo do lim­i­ar de pobreza (63,5% em Ara­ca­ju e 67% na Bar­ra, dados de 2017 ain­da) e aparente­mente con­seguin­do uma abrangên­cia mel­hor nas ações do cadas­tro do bol­sa família. Con­tu­do, como na maio­r­ia das cidades brasileiras e em espe­cial no Nordeste, a errad­i­cação da pobreza ain­da é um obje­ti­vo difí­cil de ser alcançado.

Ara­ca­ju con­segue um indi­cador supe­ri­or sobre­tu­do no grave prob­le­ma da desnu­trição infan­til. De acor­do com os dados do SISVAN, Sis­tema de Vig­ilân­cia Ali­men­tar e Nutri­cional, man­ti­do no âmbito das políti­cas de saúde públi­ca, a Bar­ra dos Coqueiros (com nota 4,04) piorou bas­tante seus números em 2020, rever­tendo a tendên­cia de que­da ver­i­fi­ca­da até 2019. Ara­ca­ju reduz seus indi­cadores lenta­mente, e obtém o índice 1,54, ain­da aci­ma do lim­ite de 1 con­sid­er­a­do como admis­sív­el para invert­er a pon­tu­ação desse indi­cador. Rev­er as políti­cas públi­cas de desnu­trição infan­til por­tan­to seria uma pri­or­i­dade da Bar­ra facil­mente visu­al­iza­da a par­tir dos indi­cadores ofer­ta­dos pelo sistema.

No critério Saúde de Qual­i­dade, os dois municí­pios estão igual­mente car­entes de mel­ho­rias. Ara­ca­ju aparece prej­u­di­ca­da pelas estatís­ti­cas de cober­tu­ra vaci­nal. Mas estes dados são de até 2020, e cer­ta­mente devem ter sido pro­fun­da­mente alter­ados após a COVID. Para a Bar­ra, a quan­ti­dade lim­i­ta­da de unidades bási­cas de saúde disponíveis para a pop­u­lação e a insu­fi­ciên­cia do pré-natal (que tam­bém piorou no municí­pio até 2019, de acor­do com os dados trazi­dos para o sis­tema a par­tir do Data­SUS) indicam a neces­si­dade de mel­ho­rias na Saúde.

Out­ro critério onde as duas cidades apre­sen­tam prob­le­mas. O pon­to pos­i­ti­vo é o aces­so à inter­net e a qual­i­fi­cação dos pro­fes­sores, emb­o­ra a Bar­ra pior no que­si­to de for­mação supe­ri­or dos pro­fes­sores da rede de ensi­no públi­ca para a Edu­cação Infan­til. Mas os resul­ta­dos dos alunos obti­dos na Pro­va Brasil mostram os estu­dantes de Ara­ca­ju com resul­ta­dos mel­hores, de maneira ger­al. A ade­quação idade/série, é um indi­cador bas­tante neg­a­ti­vo nos dois casos, com Ara­ca­ju ape­nas pouco mel­hor. Os dados de con­clusão do ensi­no médio por jovens são deses­per­adores, muito longe de um pata­mar aceitáv­el, mas a série históri­ca desse índice vem do cen­so e, por­tan­to, repete números de 2020, que cer­ta­mente não refletem a real­i­dade atu­al nem na Bar­ra nem na cap­i­tal do Esta­do. Acred­i­to que neste critério, as alter­ações das políti­cas do Gov­er­no do Esta­do mudarão bas­tante quan­do o sis­tema refle­tir dados mais atu­al­iza­dos, mel­ho­ran­do de maneira geral.

Tema que tem sido desta­ca­do pela mídia no debate públi­co, incor­po­ra alguns indi­cadores de difí­cil mudança pelos gestores munic­i­pais. Um deles é a quan­ti­dade de mul­heres jovens que não estu­dam nem tra­bal­ham, que na Bar­ra alcança um indi­cador ain­da mais alto. Como esse dado tam­bém con­tem­pla números do Cen­so, poderá apre­sen­tar mudanças sig­ni­fica­ti­vas. Já o indi­cador de fem­i­nicí­dio é sur­preen­den­te­mente mais baixo na Bar­ra dos Coqueiros (12,83) que em Ara­ca­ju (20,37), ambos no ano de 2019 e origem dos dados através do DATASUS.

Já o critério Água Potáv­el e Sanea­men­to as duas cidades estão no sinal­izador laran­ja, ou seja, mais próx­i­mas de uma situ­ação con­fortáv­el. No entan­to a per­da de água na Bar­ra dos Coqueiros é de mais de 50%, enquan­to em Ara­ca­ju está na faixa de 30% de acor­do com o SNIS em 2020. Out­ro critério impor­tante é o per­centu­al da pop­u­lação aten­di­da por esgo­ta­men­to san­itário. Neste, a Bar­ra dos Coqueiros pon­tua bem mel­hor que Ara­ca­ju, pois está próx­i­ma de 60% da pop­u­lação aten­di­da (2020). Ara­ca­ju, para a mes­ma época, tin­ha menos de 54%. Mas as duas cidades estão bem no per­centu­al da pop­u­lação aten­di­da pelo fornec­i­men­to de água, bem como no trata­men­to dos resí­du­os de esgotos.

As duas cidades alcançam desem­pen­ho próx­i­mo ao pata­mar esta­b­ele­ci­da como aceitáv­el para o indi­cador verde, no entan­to ain­da refletem dados do cen­so de 2010, por­tan­to cer­ta­mente a real­i­dade atu­al provavel­mente é bem mel­hor neste item, refletindo a uni­ver­sal­iza­ção da ofer­ta de ener­gia nas habitações. O indi­cador mais com­pli­ca­do do  critério é o de vul­ner­a­bil­i­dade energéti­ca, onde a Bar­ra obtém pon­tu­ação mel­hor que a cap­i­tal, pos­sivel­mente pela disponi­bil­i­dade da ger­ação ter­melétri­ca a gás nat­ur­al den­tro do municí­pio, além da ger­ação eóli­ca e aces­so à hidroeletricidade.

Os dois municí­pios se defrontam com indi­cadores ver­mel­hos, que indicam enormes desafios. Ape­nas o critério rel­a­ti­vo à pop­u­lação ocu­pa­da entre 10 e 17 anos (que neste caso é dese­jáv­el que NÃO tra­bal­he, por serem muito jovens) pon­tua como sat­is­fatório. Os demais indi­cadores estão muito rela­ciona­dos às questões gerais do emprego, e refletem uma situ­ação bem mais favoráv­el na cap­i­tal, ain­da que longe do dese­jáv­el. Este é um critério que ense­ja ações ati­vas da munic­i­pal­i­dade para mel­ho­rar, ali­a­da aos Gov­er­nos Fed­er­al e Estadual.

O critério é favoráv­el às duas cidades, úni­co que alcança o indi­cador verde. Tan­to Ara­ca­ju como Bar­ra dos Coqueiros real­izam inves­ti­men­tos públi­cos, mas curiosa­mente o val­or da Bar­ra é supe­ri­or quan­do con­sid­er­a­do em ter­mos per capi­ta. A cap­i­tal reduz­iu o inves­ti­men­to públi­co per­centu­al entre 2015 e 2018, e a Bar­ra apre­sen­tou menos oscilações. O out­ro indi­cador con­sid­er­a­do é a quan­ti­dade de tra­bal­hadores com reg­istro na RAIS em ativi­dades inten­si­vas em con­hec­i­men­to e tec­nolo­gia: neste, a cap­i­tal pon­tua com 29,90 e a Bar­ra tem 17,44, ambos os números supe­ri­ores à média nacional e ao mín­i­mo esta­b­ele­ci­do de 14,3% para o con­jun­to das cidades. Cer­ta­mente, a pre­sença forte das empre­sas da Bar­ra for­t­alece esse índice em relação à média comum das cidades brasileiras, enquan­to Ara­ca­ju, por cen­tralizar ativi­dades de ensi­no e pesquisa e sedi­ar empre­sas que uti­lizam inten­si­va­mente tec­nolo­gia, tem um per­fil destacado.

O critério Redução das Desigual­dades apre­sen­ta com­po­nentes bem vari­a­dos. Os primeiros indi­cadores dizem respeito à dis­tribuição de ren­da, e o Atlas do Desen­volvi­men­to Humanos no Brasil apre­sen­tou números que ten­tam traduzir a real­i­dade da desigual­dade. Se lhe per­gun­tassem qual o per­centu­al da ren­da do municí­pio que é apro­pri­a­da pelos 20% mais pobres da pop­u­lação, que número você esti­maria para Ara­ca­ju? De acor­do com o Atlas do Desen­volvi­men­to Humano, ape­nas 2,32% da ren­da da cidade chega aos 20% mais pobre da pop­u­lação. Por este indi­cador, a Bar­ra é menos desigual, pois lá esta parcela dos pobres fica com 3,14% da ren­da. Em ambos os casos, é muito pequeno o per­centu­al e muito peque­na a ren­da, por isso esse critério é um dos que exigem as mudanças soci­ais mais sig­ni­fica­ti­vas, inclu­sive alguns aspec­tos de segu­rança públi­ca como indi­cadores de homicí­dios e vio­lên­cia con­tra a pop­u­lação LGBTQI+. Neste item, em par­tic­u­lar, a Bar­ra apre­sen­ta números muito neg­a­tivos e cres­centes entre os anos de 2018 e 2020 de acor­do com o DataSUS.

No critério, a Bar­ra pon­tu­al mel­hor que Ara­ca­ju no indi­cador de mortes no trân­si­to, em que os números de Ara­ca­ju ain­da são muito altos, emb­o­ra dec­li­nantes. O número de domicílios em fave­las em 2019, de acor­do com o IBGE – Aglom­er­a­dos Sub­nor­mais, é per­centual­mente mais alto em Ara­ca­ju (15,78) que na Bar­ra (11,42). Out­ros indi­cadores, como o per­centu­al da pop­u­lação que gas­ta mais de 1h ao dia nos deslo­ca­men­tos entre casa e tra­bal­ho, tam­bém mostram situ­ações abaixo do dese­jáv­el, nas duas cidades, em parte isso na Bar­ra por con­ta da pop­u­lação flu­tu­ante que mora lá e tra­bal­ha em Ara­ca­ju, acredito.

O prin­ci­pal item diz respeito à quan­ti­dade de lixo cole­ta­da em pro­porção à pop­u­lação total, em que o indi­cador para Ara­ca­ju está próx­i­mo do pata­mar dese­jáv­el (que é de 1,5 toneladas por habitante/ano, Ara­ca­ju já alcança estes índices nos últi­mos anos abrangi­dos pelo SNIS, até 2020, mas como a média inclui anos ante­ri­ores e esse indi­cador esta­va bem pior em 2018, a média ain­da não ben­efi­ciou a cidade). Na Bar­ra, o índice é sat­is­fatório em 2020, mas foi muito ruim no ano ante­ri­or. Os out­ros dois indi­cadores dizem respeito à cole­ta sele­ti­va, tan­to o aproveita­men­to do resí­duo cole­ta­do como a pro­porção da pop­u­lação aten­di­da por cole­ta sele­ti­va. Os dois municí­pios ain­da estão bem abaixo do indi­cador dese­ja­do, sendo a Bar­ra próx­i­mo a zero, enquan­to Ara­ca­ju apre­sen­ta evolução pos­i­ti­va crescente.

Neste item, o rel­a­ti­va­mente baixo índice de indus­tri­al­iza­ção e aden­sa­men­to habita­cional aca­ba sendo van­ta­joso para as cidades nordes­ti­nas. O indi­cador ain­da não alcança o dese­ja­do, mas as duas cidades estão mais próx­i­mas. Ara­ca­ju, con­tu­do, perde por emi­tir uma quan­ti­dade bru­ta de CO2 maior, emb­o­ra pontue mel­hor na existên­cia de instru­men­tos de pre­venção de desas­tres nat­u­rais. Curiosa­mente, o des­flo­resta­men­to (área des­flo­resta­da em relação à área total do municí­pio) é menor em Ara­ca­ju e vem mel­ho­ran­do, enquan­to a Bar­ra apre­sen­ta indi­cadores piores neste critério.

Este item tem ape­nas um indi­cador, que é a pro­porção do esgo­to trata­do (evi­tan­do assim a con­t­a­m­i­nação marí­ti­ma). Neste indi­cador Ara­ca­ju tem um número pior que a Bar­ra, tratan­do ape­nas 35% do vol­ume total. Já a Bar­ra alcança 54%, e está mais próx­i­mo do pata­mar verde mín­i­mo, que se daria nos 70%.

Este item tem como indi­cador números advin­dos do sis­tema Map­Bio­mas, que uti­liza ima­gens de satélite para avaliar a cober­tu­ra flo­re­stal do ter­ritório. Ara­ca­ju tem ape­nas 0,003% do ter­ritório cober­to por flo­restas, número muito abaixo do indi­cador de 25,24% esta­b­ele­ci­do. A Bar­ra pos­sui ape­nas 0,29%, número tam­bém muito ruim. Usei uma imagem do web­site Map­Bio­mas apre­sen­tan­do os dois municí­pios que demon­stra como está fican­do cada vez pior a cober­tu­ra flo­re­stal em ambos os casos. Os out­ros dois indi­cadores do critério dizem respeito a existên­cia e pro­porção da área ocu­pa­da por unidades de con­ser­vação ambi­en­tal, no qual a Bar­ra dos Coqueiros pon­tua mel­hor do que Ara­ca­ju. As duas cidades aten­dem o req­ui­si­to de maturi­dade dos instru­men­tos de finan­cia­men­to da pro­teção ambi­en­tal, de acor­do com o IBGE.

Este critério apre­sen­ta sete difer­entes indi­cadores, e as duas cidades estão com o indi­cador ver­mel­ho. As taxas de homicí­dio, emb­o­ra dec­li­nantes, ain­da são altas e a Bar­ra dos Coqueiros tem situ­ação pior que Ara­ca­ju (base 2019). As mortes por agressão e os homicí­dios juve­nis tam­bém são pre­ocu­pantes nos dois municí­pios, mas vin­ham apre­sen­tan­do situ­ação de mel­ho­ria entre 2017 e 2019, mas curiosa­mente as estatís­ti­cas estão den­tro do pata­mar razoáv­el para as mortes por arma de fogo, nos dois casos. Os dois municí­pios ain­da podem mel­ho­rar, mas já estavam con­seguin­do, a estru­tu­ração das políti­cas de pro­teção aos dire­itos humanos e a de transparência.

Este item é medi­do por ape­nas dois indi­cadores, sendo o primeiro o val­or em R$ per capi­ta dos inves­ti­men­tos públi­cos no municí­pio, medi­do pelo SICONFI. Ara­ca­ju vin­ha mel­ho­ran­do, como já vimos, o val­or do inves­ti­men­to por habi­tante, chegan­do em 2019 a um val­or próx­i­mo a 300,00 por pes­soa, ain­da abaixo do mín­i­mo dese­ja­do (563,26). A Bar­ra teve números mel­hores, mas decli­nou em 2020 e ficou com o val­or de R$ 326,00. O segun­do indi­cador do critério é o total de receitas arrecadadas dire­ta­mente pelo municí­pio, em relação à arrecadação total, pro­porção em que Ara­ca­ju tem um índice his­tori­ca­mente con­fortáv­el e na Bar­ra mel­horou bas­tante após 2017, per­mitin­do tam­bém alcançar o indi­cador verde neste item. Este é um pon­to impor­tante, pois as cidades inte­ri­o­ranas cos­tu­mam ter difi­cul­dades de implan­tar sis­temas próprios de arrecadação, tan­to para IPTU como ISS, e a Bar­ra parece ter super­a­do este dile­ma con­seguin­do auferir arrecadação significativa.

Antecipando conclusões

Abaixo, ver­e­mos critério por critério como estão posi­ciona­dos os indi­cadores para as duas cidades, Ara­ca­ju e Bar­ra dos Coqueiros. Bas­ta clicar em cada um dos critérios para ver detal­h­es dos indi­cadores que com­põem para item com breves comentários.

De maneira ger­al, podemos ante­ci­par des­de já algu­mas conclusões:

  1. Os Obje­tivos do Desen­volvi­men­to Sus­ten­táv­el com­põem de fato um con­jun­to de políti­cas e métri­c­as bas­tante amp­lo, um desafio de gestão públi­ca que merece ser bem con­heci­do, estu­da­do, e toma­do como obje­ti­vo por todo Prefeito ou gestor públi­co que efe­ti­va­mente dese­je incen­ti­vas políti­cas públi­cas para o bem do povo.
  2. A quan­ti­dade de indi­cadores (uma cen­te­na!), a situ­ação dos dados estatís­ti­cos no Brasil pós-pan­demia e sem cen­so (não real­iza­do em 2020), atra­pal­ha muito a con­sid­er­ação dos números. A Bar­ra, pela evolução urbana mais recente, pode ficar mais prej­u­di­ca­da pela fal­ta de con­fi­a­bil­i­dade dos dados de algu­mas fontes ofi­ci­ais. Em cer­tas situ­ações, o aumen­to pop­u­la­cional recente pode ter alter­ado os índices medi­dos, ora mel­ho­ran­do os números do municí­pio pequeno e pobre do sécu­lo pas­sa­do que cresceu muito rap­i­da­mente nos últi­mos dez anos, ora rev­e­lando novos e difí­ceis prob­le­mas com a mas­sa de moradores migrantes e a urban­iza­ção caóti­ca, além do pre­juí­zo ambiental. 
  3. Ape­sar dis­so, logo se percebem que ações do Prefeito podem alter­ar para mel­hor diver­sos critérios, espe­cial­mente se asso­ciar a ação da munic­i­pal­i­dade às ações do gov­er­no Estad­ual e Fed­er­al. Isso fica bem evi­dente na Saúde, Edu­cação e Meio Ambi­ente, mas tam­bém gan­ha relevân­cia nas políti­cas para a igual­dade, com­bate e fome, mel­ho­rias das insti­tu­ições e várias outras.

O instru­men­to, por­tan­to, rev­ela-se bas­tante váli­do para estim­u­lar a reflexão e embasa­men­to de boas políti­cas públi­cas para as cidades.

Aproveito para agradecer a sugestão do tema, trazido pelo amigo Montalvão, da Barra dos Coqueiros.

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Oliveira Jr.

Economista. Especialista em Ciências Sociais (Estado e Sociedade no Nordeste do Brasil) e Empreendedorismo. Mestre em Tecnologias Emergentes em Educação (Must University, 2022).

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