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Para uma didática do digital

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Desafios do Designer Instrucional ou Engenheiro da Pedagogia

 

Resumo:

Diante dos desafios soci­ais, cul­tur­ais e edu­ca­cionais trazi­dos à luz pela rev­olução tec­nológ­i­ca asso­ci­adas às Tec­nolo­gias da Infor­mação, coube aos profis­sion­ais do ensi­no for­mu­lar um novo tipo de ped­a­gogia. O Design­er Instru­cional e sua metodolo­gia especí­fi­ca de tra­bal­ho, asso­ci­a­da às novas pro­postas edu­ca­cionais no ambi­ente vir­tu­al, parece ter papel e com­petên­cias bem definidas para um impor­tante apoio na dis­sem­i­nação e eficá­cia do e‑learning. Neste tex­to, bus­camos revis­i­tar o con­ceito ger­mi­nal de ped­a­gogia e didáti­ca, a par­tir das fontes pri­mais da sua raiz históri­ca, como for­ma de ilu­mi­nar o a exten­são dess­es desafios ain­da recentes.

Palavras-chave: 1. E‑learning 2. Design­er Instru­cional 3. Design­er Edu­ca­cional. 4. Didáti­ca 5. Tec­nolo­gia da Infor­mação 6. Ambi­ente Vir­tu­al de Aprendizagem

Abstract:

Giv­en the social, cul­tur­al and edu­ca­tion­al chal­lenges brought to light by the tech­no­log­i­cal rev­o­lu­tion asso­ci­at­ed with Infor­ma­tion Tech­nolo­gies, it was up to teach­ing pro­fes­sion­als to for­mu­late a new type of ped­a­gogy. The Instruc­tion­al Design­er and its spe­cif­ic work method­ol­o­gy, asso­ci­at­ed with new edu­ca­tion­al pro­pos­als in the vir­tu­al envi­ron­ment, seem to have a well-defined role and com­pe­tences for an impor­tant sup­port in the dis­sem­i­na­tion and effec­tive­ness of e‑learning. In this text, we seek to revis­it the ger­mi­nal con­cept of ped­a­gogy and didac­tics, from the pri­mal sources of its his­tor­i­cal roots to illu­mi­nate the extent of these still recent challenges.

Key­words: 1. E‑learning 2. Instruc­tion­al Design­er 3. Edu­ca­tion­al Design­er. 4. Didac­tics 5. Infor­ma­tion Tech­nol­o­gy 6. Vir­tu­al Learn­ing Environment

1 Intro­dução

A Clas­si­fi­cação Brasileira de Ocu­pações (CBO), reg­istro ofi­cial das ativi­dades profis­sion­ais no Brasil, incor­porou na revisão 2002 a des­ig­nação da ativi­dade “2394–35 — Design­er edu­ca­cional”, que tem como sinôn­i­mos as expressões “Desen­hista instru­cional”, “Design­er instru­cional” ou ain­da “Pro­jetista instru­cional”. O códi­go per­tence ao grupo “2394”, que abrange os “pro­gra­madores, avali­adores e ori­en­ta­dores de ensi­no” (Brasil — Min­istério do Tra­bal­ho, 2002).

Na Clas­si­fi­cação inter­na­cional de 88 (Códi­go Inter­na­cional CIUO 88) já exis­tia ativi­dade sim­i­lar, ain­da que descri­ta de for­ma mais genéri­ca sob o códi­go “2351 — Espe­cial­is­tas en méto­dos pedagógi­cos y mate­r­i­al didác­ti­co” (Min­istério do Tra­bal­ho e Emprego, 2010). Ain­da que aten­den­do aos obje­tivos for­mais da clas­si­fi­cação ocu­pa­cional, a descrição sumária das ativi­dades dos ocu­pantes dos car­gos abrangi­dos no códi­go 2394 é detalhada:

“Imple­men­tam, avaliam, coor­de­nam e plane­jam o desen­volvi­men­to de pro­je­tos pedagógicos/instrucionais nas modal­i­dades de ensi­no pres­en­cial e/ou a dis­tân­cia, apli­can­do metodolo­gias e téc­ni­cas para facil­i­tar o proces­so de ensi­no e apren­diza­gem. Atu­am em cur­sos acadêmi­cos e/ou cor­po­ra­tivos em todos os níveis de ensi­no para aten­der as neces­si­dades dos alunos, acom­pan­han­do e avalian­do os proces­sos edu­ca­cionais. Via­bi­lizam o tra­bal­ho cole­ti­vo, crian­do e orga­ni­zan­do mecan­is­mos de par­tic­i­pação em pro­gra­mas e pro­je­tos edu­ca­cionais, facil­i­tan­do o proces­so comu­nica­ti­vo entre a comu­nidade esco­lar e as asso­ci­ações a ela vin­cu­ladas” (Min­istério do Tra­bal­ho e Emprego, 2010, pg. 321).

Ape­sar de legal­mente esta­b­ele­ci­da, o con­ceito per­siste sendo obje­to da lit­er­atu­ra e pesquisa recente em edu­cação para se perquirir os lim­ites e des­do­bra­men­tos das com­petên­cias profis­sion­ais do design­er instru­cional, delim­i­tan­do suas respon­s­abil­i­dades e a exten­são da sua con­tribuição para o apri­mora­men­to dos méto­dos de ensi­no, sobre­tu­do virtuais.

Neste arti­go, revisi­ta­mos arti­gos tex­tos onde esse con­ceito é dis­seca­do para ir além da definição estri­ta abri­ga­da pela leg­is­lação brasileira e bus­car reme­ter as com­petên­cias e ativi­dades destes profis­sion­ais ao que se bus­ca hoje como avanço na práti­ca edu­ca­cional, que e vale das ino­vações da tec­nolo­gia infor­ma­cional e da inter­net como suporte para novos mod­e­los de ensino-aprendizagem.

2 O Design­er Instru­cional e suas novas possibilidades

2. 1 Con­ceito consensual

A maior parte dos autores que se bus­cam con­ceitu­ar a ativi­dade do Design­er Instru­cional con­cor­dam quan­to à sua ativi­dade, como decor­rente de um méto­do de faz­er, ou seja uma modal­i­dade de imple­men­tação de um tipo de téc­ni­ca, capaz de aux­il­iar no cam­po mais ger­al dos proces­sos edu­ca­cionais. Como afir­ma Bar­reiro “o design instru­cional ou desen­volvi­men­to instru­cional (DI), [é] uma nova área de atu­ação lig­a­da à Edu­cação, mais pre­cisa­mente à pro­dução de mate­ri­ais didáti­cos.  Con­figu­ra-se como uma metodolo­gia que surgiu com as novas práti­cas do faz­er pedagógi­co e colo­cam, ago­ra, o aluno no cen­tro do proces­so de ensi­no-apren­diza­gem. Sua história é muito próx­i­ma à da Edu­cação a Dis­tân­cia (EaD), sendo, ini­cial­mente, uma práti­ca uti­liza­da quase que exclu­si­va­mente nes­sa modal­i­dade. O DI englo­ba con­hec­i­men­tos dos cam­pos de Design, Comu­ni­cação, Ped­a­gogia e Tec­nolo­gia da Infor­mação. O design­er instru­cional é o profis­sion­al que apli­ca tal metodolo­gia” (Bar­reiro, 2016, pg. 63).

Ten­tan­do enten­der mel­hor sua práti­ca profis­sion­al a par­tir da própria exper­iên­cia, Chaquime & Figueire­do (2013) dizem que “o design­er instru­cional é o respon­sáv­el por dar o apoio pedagógi­co, espe­cial­mente nas eta­pas de plane­ja­men­to, desen­volvi­men­to e avali­ação, de modo que o con­teú­do   do   cur­so   seja   moti­vador   e   prop­icie   ao aluno   a   con­strução   colab­o­ra­ti­va   do con­hec­i­men­to medi­a­do pelas tec­nolo­gias. Dis­so depreende-se que o design­er instru­cional desem­pen­ha um papel estratégi­co na equipe mul­ti­dis­ci­pli­nar no sen­ti­do em que cabe a ele geren­ciar a comu­ni­cação entre todos os envolvi­dos em pro­je­tos de cur­sos de EaD”.

A maior parte dos tex­tos ref­ere-se, por­tan­to, a um méto­do e um profis­sion­al que o apli­ca. Esta­mos diante não do típi­co des­do­bra­men­to de uma nova tec­nolo­gia e seus mecan­is­mos de apli­cação asso­ci­a­dos, é o que nos diz o conceito.

Para reme­ter então a um con­ceito caro aos profis­sion­ais da edu­cação, recu­per­amos a expressão do arti­go de Scia­r­ra & Lourenção (2019), que dizem já no títu­lo: “Design­er edu­ca­cional ou instru­cional: o novo ped­a­gogo da era dig­i­tal”. De cer­ta for­ma, ape­sar dos instru­men­tos e da téc­ni­ca basea­da na infor­mação (e seus muitos des­do­bra­men­tos, quer pelo mun­do vir­tu­al da inter­net quer pelas pro­fun­das trans­for­mações da sociedade e da cul­tura, a ciber­cul­tura), o que se fala é de novo de um profis­sion­al capaz de faz­er a medi­ação entre ess­es novos instru­men­tos e o resul­ta­do edu­ca­cional pretendido.

2.2 Eti­molo­gia clás­si­ca de Ped­a­gogia e Didática

Os con­ceitos pri­mais da edu­cação remon­tam ao con­hec­i­men­to clás­si­co da Gré­cia anti­ga. De lá recu­per­amos a eti­molo­gia da expressão ped­a­gogia, que supre seu con­ceito (Veschi, 2020):

“Obser­va-se no grego como paid­a­gogía, sobre a ideia de acom­pan­har o indi­ví­duo. A descon­strução per­mite iden­ti­ficar os com­po­nentes pai­dos, que se ref­ere a um fil­ho (que pro­por­ciona um ângu­lo glob­al) e que pode ser inter­pre­ta­do tam­bém como cri­ança (no entan­to, neste con­tex­to, estaria lim­i­tan­do o foco da ação), e o ver­bo agein sobre a raiz indo-europeia ag‑, em relação a ori­en­tar ou con­duzir. Por sua vez, a figu­ra do ped­a­gogo está local­iza­da no latim paedagō­gus, em relação ao grego paidagōgós. Neste sen­ti­do, deve-se destacar que os primeiros ped­a­go­gos, os paid­a­go­gos, eram escravos de famílias ric­as e entre suas tare­fas cotid­i­anas tin­ham que dar as mãos e acom­pan­har as cri­anças até a esco­la. Para referir à edu­cação de adul­tos, a palavra cor­re­ta é andr­a­gogia (Veschi, 2020, pági­na “ped­a­gogia”).”

Mas tan­to para a ped­a­gogia como na andr­a­gogia, era cru­cial o con­ceito de didáti­ca (Veschi, 2020): “Sua pas­sagem responde ao francês como didac­tique, em refer­ên­cia ao grego em didak­tikós, expressão adje­ti­va para indicar a qual­i­dade de saber instru­ir, sobre o par­ticí­pio pas­sa­do didak­tos, ensi­na­do, a respeito do ver­bo didaskein, por ensi­nar, sobre a raiz indo-europeia *dens, por apren­der. Em segui­da, inter­vém o sufixo -ico, em caráter de relação. A for­ma fem­i­ni­na é apre­sen­ta­da como didática.”

Ocu­pan­do-se da didáti­ca como con­ceito, Althaus e Zanon a qual­i­fi­cam como “teo­ria da docên­cia”. E ensi­nam: “a palavra didáti­ca deri­va da expressão gre­ga — tech­né didak­tiké -, que se traduz por arte ou téc­ni­ca de ensi­nar (Althaus & Zanon, 2009).”

2.2 Com­petên­cias do Designer

As téc­ni­cas educa­ti­vas empre­gadas em qual­quer proces­so de ensi­no-apren­diza­gem se enquadram nas dis­ci­plinas da ped­a­gogia (e andr­a­gogia, se ain­da quis­er­mos difer­en­ciar como os gre­gos, a práti­ca em relação ao públi­co-alvo do ensi­no). Sua expressão como méto­do se remete à didáti­ca, que des­de seu surg­i­men­to bus­ca aplicar uma téc­ni­ca (como gostavam os gre­gos). Se naque­la época a téc­ni­ca emer­gente era, talvez, a escri­ta, no mun­do mod­er­no a téc­ni­ca vai muito mais além e des­de a vira­da do milênio se prende à onipresença da inter­net como fer­ra­men­ta do con­hec­i­men­to humano e, pois, da sua exper­iên­cia de aprendizagem.

 Volte­mos por um momen­to a mais des­do­bra­men­tos da descrição atu­al das com­petên­cias do design­er instrucional.

 Há um pon­to ain­da em cer­to con­fli­to na des­ig­nação de design­er instru­cional ver­sus o design­er edu­ca­cional. Para alguns, seria necessário ver­i­ficar se, por serem difer­entes os expres­sos “instrução” e “edu­cação” não seria o segun­do ter­mo mais bem ade­qua­do ou ain­da se have­ria difer­ença na práti­ca lab­o­ral dos dois ofí­cios. Mace­do & Bergmann (2018) chegam a pro­por uma pesquisa cien­tí­fi­ca, cujo obje­to seria esta­b­ele­cer a diferenciação.

 No entan­to, parece ao autor bas­tante claro que a prin­ci­pal repositório práti­ca deste debate reside na com­pi­lação e per­ma­nente revisão do con­ceito real­iza­do pelo IBSTPI — Inter­na­tion­al Board of Stan­dards for Train­ing, Per­for­mance and Instruc­tion. A pesquisa ini­ci­a­da em 1986 jun­to a profis­sion­ais “instru­cional design­ers” foi revisa­da e esten­di­da em 2000 e 2012, sendo per­ma­nente obje­to de con­tribuições dos profis­sion­ais abrangi­dos pela enti­dade (“IBSTPI”, [s.d.]).

À lista de com­petên­cias ini­ci­ais vários out­ros temas foram agre­ga­dos, dis­cutin­do hoje avanços que incor­po­raram “a influên­cia de tec­nolo­gias avançadas, design basea­do em equipe e habil­i­dades de geren­ci­a­men­to de negó­cios; as bases profis­sion­ais de design, bem como plane­ja­men­to e análise, design e desen­volvi­men­to e habil­i­dades de imple­men­tação e gestão; uma cat­e­go­riza­ção de com­petên­cias como Essen­ci­ais ou Avançadas e uma maior rep­re­sen­tação de profis­sion­ais em todo o mun­do (incluin­do dire­tores, espe­cial­is­tas con­sul­ta­dos e profis­sion­ais ativos que par­tic­i­pam dos estu­dos de validação)”.

A pub­li­cação pela enti­dade dessas com­petên­cias pro­duz um padrão de recebe recon­hec­i­men­to glob­al, e car­ac­ter­i­za-se como fonte ade­qua­da para o con­sen­so, não ape­nas acadêmi­co, mas profis­sion­al, das pes­soas que desem­pen­ham ou estu­dam essas atividades.

Con­tu­do, um aspec­to impor­tante é difer­en­ciar a acepção da palavra design­er, cuja tradução em por­tuguês, pela semel­hança vocab­u­lar remete a desen­ho (e assim de fato aparece na CBO, como vimos ini­cial­mente). Mas a expressão orig­i­nal em inglês tem uma acepção um pouco difer­en­ci­a­da, que na lín­gua por­tugue­sa não se desen­volveu do mes­mo modo, ape­sar da origem latina.

Podemos com­preen­der essa dis­tinção da seguinte forma:

“O ter­mo design instru­cional vem traduzi­do do orig­i­nal em inglês, que sig­nifi­ca pro­je­to ou desen­ho instru­cional, pedagógi­co, didáti­co, edu­ca­cional. Em sua origem, a palavra design cor­re­sponde à intenção, propósi­to; vem do latim des­ignare, mar­car, indicar, e do francês design­er, desen­har, des­ig­nar. A definição difun­di­da do design como sendo a con­cepção de um pro­du­to, em sua for­ma e função, traz uma dis­tinção polêmi­ca sobre o con­ceito de design de super­fí­cie, envolvi­do com os aspec­tos estéti­cos, e com o design lig­a­do ao fun­ciona­men­to de um pro­du­to, mais envolvi­do com a engen­haria (dis­pos­i­tivos e proces­sos). (Batista, 2008, pg. 142).

E assim volta­mos às ori­gens clás­si­cas das nos­sas definições, ago­ra pelo latim des­ignare, que em por­tuguês gan­hou o sen­ti­do pre­dom­i­nante de indicar, apon­tar. Mas a acepção mais cor­rente em inglês leva a um con­ceito mais amp­lo, que não se prende ape­nas ao chama­do “design de super­fí­cie”, abrangen­do tam­bém os flux­os e proces­sos e, por­tan­to, se aprox­i­man­do muito das noções de engen­haria ou arquitetura.

3 Con­sid­er­ações Finais

Mas o que podemos con­cluir da exten­sa lista de ativi­dades que o design­er edu­ca­cional lida? Trata­mos nesse arti­go de rev­er as diver­sas for­mu­lações do con­ceito, nave­gan­do um pouco por um con­jun­to de refer­ên­cias teóri­c­as bem dis­tin­tas e por duas com­pi­lações profis­sion­ais bem den­sas: a descrição ocu­pa­cional ofi­cial da CBO brasileira (Brasil — Min­istério do Tra­bal­ho, 2002) e um stan­dard mundi­al, definido pela IBSTPI (“IBSTPI”, [s.d.]).

Como vimos, não há con­tro­vér­sias sig­ni­fica­ti­vas sobre a importân­cia dessa nova ocu­pação e o papel desse profis­sion­al no desen­volvi­men­to das ativi­dades educacionais.

Há, con­tu­do, uma neces­si­dade inten­sa de rev­er o detal­hamen­to das atribuições exe­cu­tadas na roti­na de elab­o­ração dos seus tra­bal­hos, dev­i­do ao inten­so cenário de mod­i­fi­cações trazi­das pelo ambi­ente tecnológico.

Por out­ro lado, vimos que os con­ceitos tradi­cionais rela­ciona­dos ao papel da didáti­ca na ped­a­gogia suprem, de for­ma sur­preen­dente, parte das inda­gações mod­er­nas sobre a atu­ação dos profis­sion­ais das novas téc­ni­cas e suas respon­s­abil­i­dades educacionais.

De fato, volta­mos à Gré­cia clás­si­ca para rev­er o sen­ti­do orig­i­nal da palavra ped­a­gogia e da didáti­ca, que, des­de a origem sem­i­nal, refe­ria-se ao domínio da téc­ni­ca como ele­men­to fun­da­men­tal para a ativi­dade pedagóg­i­ca, para o domínio da arte de ensinar.

E a tradução para o por­tuguês da palavra design, ain­da que tão cor­rente hoje em dia, remete a uma difer­ença de acepção mar­cante, que por vezes ocul­ta seu real sen­ti­do, deixan­do de expres­sar uma “engen­haria de proces­sos”, bem mais que um con­ceito de “desen­ho de super­fí­cie”. Talvez por isso, em francês é muito comum referir-se ao que aqui chamamos de design­er instru­cional como “ingénieur péd­a­gogique”, uma expressão bem mais com­ple­ta por cer­to: uma engen­haria pedagógica.

Assim, o que con­tin­u­amos a ter na mod­ernidade da ciber­cul­tura con­tin­ua a ser um gap de saberes que podemos enten­der como um prob­le­ma de apren­diza­gem. Sobre esse prob­le­ma debruçam-se, como antes, os pro­fes­sores em seus vários mis­teres den­tre os quais, como tan­tas vezes em out­ras rev­oluções ou evoluções tec­nológ­i­cas com­preende-se tam­bém a apren­diza­gem desse novo domínio vir­tu­al e seu uso para a mel­ho­ria do per­ma­nente, infind­áv­el e belo proces­so de educação-aprendizagem.

4 Refer­ên­cias Bibliográficas

Althaus, M. T. M., & Zanon, D. P. (2009). Didáti­ca: Questões de ensi­no. Ed. UEPG/NUTEAD.

Bar­reiro, R. M. C. (2016). Um breve panora­ma sobre o design instru­cional. EaD em Foco, 6(2). https://doi.org/10.18264/eadf.v6i2.375

Batista, M. L. F. S. (2008). Design Instru­cional: Uma abor­dagem do design grá­fi­co para o desen­volvi­men­to de fer­ra­men­tas de suporte à Edu­cação à Dis­tân­cia. https://www.faac.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/Design/Dissertacoes/marcia_batista.pdf

Brasil — Min­istério do Tra­bal­ho. (2002). Clas­si­fi­cação Brasileira de Ocu­pações. http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/

Chaquime , L. P., & Figueire­do, A. P. S. (2013, jun­ho). O Papel do Design­er Instr­ciona na Elab­o­ração de Cur­sos de Edu­cação à Dis­tân­cia. X Con­gres­so Brasileiro de Ensi­no Supe­ri­or a Dis­tân­cia, Belém/PA. encurtador.com.br/zMTX0

IBSTPI. ([s.d.]). Instruc­tion­al Design­er Com­pe­ten­cies. Recu­per­a­do 9 de jun­ho de 2021, de https://ibstpi.org/instructional-design-competencies/

Mace­do, C. C., & Bergmann, J. C. F. (2018). O design­er instru­cional e o design­er edu­ca­cional no brasil: Reflexões para uma visão teóri­ca e práti­ca na ead. Jor­na­da ECO de Pesquisas em Desen­volvi­men­to, 0(1), 20–26.

Min­istério do Tra­bal­ho e Emprego. (2010). Clas­si­fi­cação Brasileira de Ocu­pações (3a.). https://wp.ufpel.edu.br/observatoriosocial/files/2014/09/CBO-Livro‑1.pdf

Scia­r­ra, A. M. P., & Lourenção, L. G. (2019). Design­er edu­ca­cional ou instru­cional: O novo ped­a­gogo da era dig­i­tal. Enfer­magem Brasil, 18(2), 166. https://doi.org/10.33233/eb.v18i2.2867

Veschi, B. (2020). Etimologia—Origem do Con­ceito  [Blog]. Didáti­co. https://etimologia.com.br/

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Oliveira Jr.

Economista. Especialista em Ciências Sociais (Estado e Sociedade no Nordeste do Brasil) e Empreendedorismo. Mestre em Tecnologias Emergentes em Educação (Must University, 2022).

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